Hoje, 11 de março de 2025, completam cinco anos desde que a Organização Mundial da Saúde declarou a pandemia de Covid-19. Especialistas avaliam que, embora tenha havido avanços significativos na saúde, como a agilidade na ciência e a cooperação entre pesquisadores, também ocorreram retrocessos preocupantes. O superintendente de Saúde da USP, Paulo Andrade Lotufo, destacou ao InfoMoney que a vacinação foi fundamental para controlar a pandemia, com o Brasil registrando a menor taxa de mortalidade desde 2020. No entanto, a nomeação de Robert F. Kennedy Jr. como Secretário de Saúde dos EUA levantou preocupações sobre o retrocesso no combate ao negacionismo científico.
Eduardo Sprinz, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, ressaltou que a pandemia acelerou os processos de pesquisa e desenvolvimento de vacinas, mas também observou a desmobilização de infraestrutura de saúde após o pico da crise. A telemedicina, segundo o intensivista Jarbas da Silva Motta Junior, do Hospital São Marcelino Champagnat, em Curitiba, teve um avanço significativo durante a pandemia, permitindo acesso a cuidados médicos em regiões remotas. Contudo, a luta contra a desinformação, exacerbada por figuras políticas, continua a impactar a confiança pública na ciência. Os especialistas alertam que, apesar dos aprendizados, o desmonte de estruturas de saúde e a falta de conscientização podem comprometer a resposta a futuras crises, como evidenciado pelo surto de dengue no Brasil, que em 2024 registrou mais de 6 milhões de casos.
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