Após o maior recuo desde as eleições americanas, o Bitcoin (BTC) se recuperou nesta semana e alcançou um novo recorde na tarde desta terça-feira (19), de cerca de US$ 93.800, superando a marca anterior de pouco mais de US$ 93.400, registrada há menos de uma semana.
A valorização ocorre em meio ao crescente interesse nos Estados Unidos pela indústria de criptoativos, impulsionado pela eleição de Donald Trump.
Desde a vitória do republicano, em 5 de novembro, o Bitcoin acumula alta de cerca de 40%. Trump, que já foi crítico das criptomoedas, agora promete transformar os EUA na “capital mundial dos criptoativos”, com a criação de um ambiente regulatório favorável e a proposta de um estoque estratégico de Bitcoin.
Com o novo recorde, traders renovaram as expectativas para o preço do Bitcoin. Dados da plataforma de derivativos Deribit mostram que a maior concentração de contratos abertos no mercado é de apostas no Bitcoin atingindo US$ 100 mil.
Analistas técnicos também estão otimistas. Katie Stockton, da Fairlead Strategies, prevê que o Bitcoin pode alcançar US$ 98.100 nas próximas semanas. Por outro lado, Tony Sycamore, da IG Australia, recomenda cautela e sugere compras em eventuais correções, caso a criptomoeda volte ao patamar de US$ 80 mil.
O iShares Bitcoin Trust, da BlackRock, é o maior ETF de Bitcoin do mundo e tem atraído novos investidores ao mercado. Desde a eleição de Trump, ETFs de Bitcoin nos EUA já registraram entradas líquidas de US$ 4 bilhões, reforçando o papel desses instrumentos no crescimento do setor.
Embora o momento seja de alta, o mercado ainda carrega as cicatrizes do colapso de 2022, quando a falência de grandes empresas como a FTX expôs práticas arriscadas e fraudulentas.
Trump, que antes criticava o mercado de criptomoedas, mudou de postura após investimentos expressivos de empresas do setor em sua campanha. Além disso, ele vem defendendo uma legislação mais clara e favorável para os criptoativos, aumentando as chances de aprovação de uma lei abrangente em 2025. No entanto, para a Binance, maior corretora de criptoativos do mundo, pairam dúvidas sobre o que poderá ser implementado na nova gestão Trump.
(com informações da Bloomberg)
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